Wednesday, January 19, 2011

The end :)

É impressionante como o tempo não passa dentro de um avião, sobretudo quando se trata de uma viagem non stop de 14 horas, como anunciava o comandante quando iniciamos a rota Singapura – Londres, o meu recorde dentro de um avião. Passei pelas brasas as primeiras horas mas agora nada melhor para matar o tempo que ainda me resta até Heathrow do que contar-vos como queimamos os últimos cartuchos das nossas férias.

Começo pelo nosso passeio no Whitsudays Magic pelas, precisamente, Whitsundays, traduzido por miúdos: o nosso tão ansiado veleiro ao redor da barreira de coral. Três noites e dois dias inesquecíveis não só pelas paisagens de cortar a respiração, pelos peixinhos que vimos nas sessões de snorkeling mas também pela simpatia da tripulação (um mix entre australianos, franceses e ingleses) que nos fizeram sentir como se estivéssemos em casa; para não falar nas entretidas conversas ao jantar com os demais casais que nos acompanharam nesta curta passeata. Em baixo ficam algumas fotos que ilustram este pedaço tão ansiado da viagem.

And last but not the least: o Marina Bay Sands em Singapura, local que a minha amiga Carmo descreveu tão certeiramente como sendo uma experiência hoteleira “once in a lifetime”. E não é preciso muitas palavras quando se tem um fotógrafo particular chamado João Moreira. Fica apenas o registo: o Marina Bay Sands é o hotel que tem a piscina mais alta do mundo, no topo do céu de Singapura estende-se a todo o comprimento das três torres que formam o hotel, no andar 57. O detalhe de poder desfrutar desta piscina somado ao facto de ter adorado a cidade fazem com que fique com Singapura no meu bolso mais à mão das cidades ideais para se fazer uma escala de dois dias. Valeu!















MARINA BAY SANDS. SINGAPURA















besos












Friday, January 14, 2011

Contrariedades

As férias nem sempre são como nos imaginamos. Nem sempre tudo corre bem, nem sempre podemos comer exactamente no momento em que começamos a ter fome, nem a dormir tudo o que queremos nos aviões nem a apanhar solinho quando estamos na costa, a tentar fazer uma Prainha. Debruço-me agora sobre este ultimo ponto já que devo confessar que tivemos alguns problemas em usar a luz do astro rei durante alguns dias das ferias na Austrália.

Quase todos devem ter ouvido alguma coisa sobre as cheias nos antípodas. Bem, podemos confirmar, não eram rumores, aconteceram e estão as we speak a acontecer. Chegámos a Lennox Head a poucos quilómetros de Byron Bay (lugar conhecido dos surfistas) para começar a parte da viagem que ia precisamente ser dedicada ao surf do João e ao meu desporto preferido: o vira vira para atingir o bronze perfeito (com uma leitura pelo meio). Eis que fizemos uma manhã de praia e depois começou a chover como se não houvesse amanhã. Reparem que eu estive muitos anos num país tropical, tenho ido repetidas vezes às Caraíbas e nunca, mas nunca jamais tinha visto chover daquela maneira, sem intervalo entre os pingos de chuva, eram autênticas cascatas de água a cair do céu.

Segundo dia em Lennox Head, chovia ininterruptamente, decidimos pirar-nos dali. Depois de um sushizinho para ganhar forças para a viagem fizemo-nos à estrada e durante 400 quilómetros levamos com chuva. Chegámos sãos e salvos ao nosso seguinte destino: Rainbow Beach, onde estivemos num sitio maravilhoso a pernoitar três noites: Debbie’s Place, onde soubemos de fonte segura que o próprio do Kelly Slater pernoitou uma vez para ir apanhar uma onda xpto que há nestas paragens da Austrália. Para além disso temos que guardar na memória a visita a Fraser Island. A chuva deu-nos algumas tréguas durante esse dia, apanhamos um jeep às sete da manhã na deserta Rainbow Beach e lá fomos apanhar o ferry que nos deixou na ilha. Muitos passeios à beira mar de jeep (sem direito a banho já que os tubarões abundam), mergulhos no belo Lake McKenzie, um grada churrasco para o almoço e outros passeios da parte da tarde. Mas a chuva continuava.

Em Rainbow Beach vimos (debaixo de mais uma trégua que a chuva nos deu) uma duna simplesmente fantástica, que se estende ao longo de 2 quilómetros da costa e 600 metros até à floresta: Coloured Sand Cliffs, a não perder.

Para além da chuva havia mais uma contrariedade: tínhamos que ir apanhar um avião – a viagem de carro não podia continuar para norte devido às cheias – e a estrada que ligava à auto-estrada estava cortada há mais de 24 horas. Fizemo-nos à estrada na mesma, nada como ver in loco o que se passa (teoria do João que eu apoio totalmente). E lá conseguimos passar por um atalho e fomos das últimas pessoas a sair, horas depois aquela região de Queensland ficou totalmente isolada. Nem quis acreditar quando entrei naquele avião que nos levaria até às Whitsundays, onde nos esperava um veleiro maravilhoso no qual navegamos, ao sol, durante 3 dias… No próximo post conto mais detalhes… quando o avião aterrou pensei: as férias começaram











Friday, January 7, 2011

Sydney - V de voltar

Chegamos a Sydney depois de uma hora e tal de avião apanhado em Melbourne. Rapidamente largamos as malas do hotel e subimos sem demora aos autocarros vermelhos - que eu amo - em conceito “hop on hop off”. Demos uma volta fantástica descobrindo recantos lindos da cidade: o harbour, o bairro de Kings Cross, o mercado do peixe (onde lanchamos sushi e ostras), a ópera de Sydney, etc.

Depois da minha habitual sesta de duas horas e meia saímos para jantar numa zona denominada The Rocks onde o João comeu um bife maravilhoso e eu fiquei super desiludida com o peixe…

Dia seguinte, mais uma vez subimos no autocarro vermelho mas desta vez fomos até Bonday Beach. Fizemos um passeio a pé pela marginal e tomamos o nosso primeiro banho de mar de 2011 (fresquinha a água). No último dia em Sydney apanhamos o barco e fomos até Manley onde, à beira mar, fizemos mais uma passeata a pé. Chegamos a um ponto do passeio tivemos a possibilidade de contemplar uma das vistas mais bonitas sobre a cidade.

Musts de Sydney: a Harbour bridge, a ópera, o gelado de mango sunshine, a água que banha toda a cidade, enfim, V de voltar.








Wednesday, January 5, 2011

MAY DAY, MAY DAY! WE ARE SINKING! I repeat: WE ARE SINKING!

Those who know me, know that I am not given to panic. More. I tend take the lighter side of really bad situations. So when the mothers started calling us panicking about the news about the floods in Australia I was very dismissive: "Mom, Australia is a big country. We are in Melbourne, the floods are in the middle of Queensland some 2000km away. Shall I ask you about how the cold and wet weather of London is affecting you in Lisbon?".

This witty remark was a calculated risk. I knew that 10 days later I was going to be driving along the coast of Queensland. But the floods were in the middle of the country and I thought that 10 days was enough for all the water that came down washed off to the sea by then.

Boy was I wrong!....

The waters have not receded at all, au contraire! Rain keeps pouring down and the rivers level rising. We are now in Lennox Head / Byron Bay (see point A in the map below) and tomorrow we are supposed to go to Rainbow Beach / Fraser Island (point B on the map). We might make it there, but we cannot go any further, though we need to be in the Whitsundays (point C on the map) in 5 days and further up in Cairns (not shown on the map, it's too far up) on the 16th to take the flight back home.



Being resourceful people, we have come up with the perfect plan: we will drive down from point B to Brisbane (somewhere between A and B), catch a flight to C and drive our way up to Cairns.

The problem is that now it's POURING DOWN EVERYWHERE  ALONG THE COAST!!! Even here in Lennox Head (point A on the map) water is coming down like neither of us have seen before. I know I am just a (not so) young impressionable city boy but Rita has lived 11 years in Venezuela and knows a thing or two about tropical downpours.

So our thoughts right now are: should we really hit the road tomorrow? The weather forecast is not really great. In here you can see a lovely satellite image of Australia: all the white area along the coast represents the clouds hanging over us right now and in all our destinations. And if you believe the weather men they are not supposed to go away before... well, before the 14th which is when we go home!!

But fear not, moms, hour summer holiday in the antipodes is most likely totally ruined but we are in good spirits: we just cooked a juicy rib eye stake and I am currently indulging myself with some tasty Australian Brie, Roquefort and Parmesan (this one is authentic) and drinking a prized Merlot from McWilliam's Hanwood Estate (vintage 2008). Rita is, as usual, sleeping like a baby.

Tuesday, January 4, 2011

3 cidades em 7 minutos e 32 segundos

Já lá vão 9 dias de viagem e ainda não escrevi nenhum post. As hordas de leitores indignados reclamam a minha participação e bombardeiam os meios de comunicação com exigência de um texto meu. Bom, na verdade foi apenas um sms da minha mãe a chamar-me preguiçoso... Mas sou sensível, aqui fica.

Hong Kong: apesar dos "leitores indignado", leia-se a minha mãe, ter dito que se não formos ao Peak ao pôr do sol nem a Stanley não vimos Hong Kong eu não concordo. Tirei de Hong Kong exactamente aquilo queriamos (e podiamos...) em 36 horas de cura de jet leg: ao contrário do resto da China, HK não me parece ter mudado substancialmente em 14 anos. A sensação de fusão China-Ocidente é a mesma. O mais interessante é que, se a China continuar a crescer economicamente, daqui a 20 anos muitas cidades Chinesas e "Ocidentais" se arriscam a ficar parecidas com HK. A ver vamos.

Melbourne: a Rita disse praticamente tudo. Cafés, boa onda, gente simpática em todo o lado, lojas péssimas e caríssimas. Temos uma interessante reportagem de ano novo que fica para quando conseguir fazer o download das fotografias da nova máquina compacta que trouxe de HK.

Sydney: de Sydney disse no Facebook que era uma séria candidata ao top 5 de cidades que mais gostei. Não é top 5, é top 3. Para fazer praia, surf e vela é a única que conheço que rivaliza com Lisboa. Tem imensos bairros inteiros antigos (antigos na Austrália = século XIX, principios do XX) e um centro de negócios com prédios espectaculares. Em Sydney há praias e baías por todo o lado e a 20 minutos de ferry está Manley onde fizemos um passeio magnífico com as vistas mais bonitas que já vi em toda a minha vida (figuras anexas em seguida, sempre e quando consiga fazer o download das pics da máquina nova...). Só tenho pena de termos estado em 3 dias de fim de semana e feriado e por conseguinte não termos "sentido" a cidade com vida.

Saturday, January 1, 2011

A boa onda de Melbourne

Mais onze horas de viagem com partida de Hong Kong e chegámos a Melbourne, a nossa primeira paragem na Austrália, a maior ilha do mundo. As malas chegaram ok, fiz a minha dança comemorativa e apanhamos um táxi para o nosso hotel onde largámos as malas e fomos a correr jantar num indiano do outro lado da rua chamado Red Pepper onde ninguém falava inglês e os comensais eram só indianos.

No dia seguinte fizemos um percurso no eléctrico gratuito e ficámos a conhecer o Phil, motorista deste transporte, que nos orientou nos melhores ângulos das fotos que tiramos ao city circle.

A estadia nesta cidade foi passada entre grandes caminhadas pelas ruas, a vista a um museu de pintura, algumas compras no Victoria Market, entrada nas recentes catedrais construídas nos finais do século XIX e mais uma passagem de ano com direito a fogos de artifício lançados dos mais altos prédios de Melbourne. Para a posteridade a boa onda dos habitantes desta cidade onde passámos o ultimo dia de 2010.








Friday, December 31, 2010

Reflexões de Hong Kong

Todos diferentes, todos iguais

Prestes a entrar num novo ano escrevo-vos do outro lado
do mundo. O João e eu decidimos fazer um périplo pela Austrália, fazendo uma
escala à vinda em Hong Kong e outra no regresso em Singapura.

Arrancámos de Lisboa, sem perder mais tempo das preciosas
farias, no dia 26 de Dezembro. Quando voarem para estas paragens não se esqueçam de espreitar pela janela ao passar por cima da Mongólia, uma paisagem verdadeiramente única. Aterramos em Hong Kong às 14:40 de dia 27. Zonzos da viagem de mais de 12 horas rapidamente apanhamos um táxi para o hotel, tomamos um banho e ficámos basicamente 4 horas sem nos conseguirmos mexer até que a
fome falou mais alto. Saímos então para jantar em Soho onde fizemos uma refeição num tailandês cuja sopa era memorável.

Apenas tivemos um dia completo em Hong Kong que foi
suficiente para espreitar a cidade, ver os seus contastes entre arranha-céus e prédios velhos muito mais baixos mas todos uns encima dos outros. Deu também para ir jantar ao Mandarim Oriental supostamente comer o “pato à Pequim” que o João tinha provado 15 anos antes. Não havia pato à Pequim e tivemos que nos conformar com um porco agridoce. Para a posteridade fica a vista magnífica do
cimo do hotel e não propriamente a comida…

Não vos vou mentir, não achei que HK fosse inesquecível,
imperdível ou nada que se pareça. É sim uma cidade impressionante pela sua história já que há menos de 200 anos era apenas uma vila de pescadores e hoje é uma grande metrópole que não fica atrás de nenhuma outra que eu tenha visitado.


Há sim curiosidades, como em todos os recantos do mundo,
as modelos escolhidas para a publicidade nos out doors e nas capas das revistas. Tirámos umas fotos e vocês me
dirão se concordam, eu acho-as todas muitíssimo ocidentais apesar de serem todas orientais. Reflectindo um pouco sobre a escolha das modelos, chego à conclusão que numa cidade multi-cultural e extremamente cosmopolita é normal que a beleza representada na publicidade tente ser o mais homogénea possível.  O que me faz pensar, somos todos muito diferentes, vivemos a quilómetros de distância uns dos outros mas lá vamos gostando cada
vez mais das mesmas coisas.